Mamães achei esse texto muito interessante, então venho aqui compartilhar com vocês!!!! Espero que gostem também!!!
Essa é uma passagem importante, pois na idade de 2 anos a criança
desconecta o EU do OUTRO. Antes dos 2 anos, a criança não tem noção
exata de quem ela é. Por isso, se olha no espelho e não se identifica na
própria imagem. Não sabe que é ela mesma que está vendo. Aos 2 anos
essa diferenciação já acontece e ela consegue “controlar” a imagem no
espelho.
Nesta fase a criança possue apenas o raciocínio concreto.
O abstrato ainda não está formado. Exatamente por isso, que os pais devem cuidar da linguagem que usam. Se você diz
“Preciso voar daqui, agora!” ela entende literalmente o que você diz. Ou,
“Você parece uma bola de tão gordinho”
, faz a criança se imaginar como uma bola. Mas, por que isso é tão
importante? Porque, é nesse período que as imagens ficam impressas em
nossa mente. Elas podem interferir em nossa imaginação e nos acompanham
por muito tempo.
É a fase em que o conhecimento das palavras aumenta, e o aprendizado
dos nomes do corpo também. A criança já aprende nomes como joelho,
pescoço, orelha….e o nome da genitália masculina e feminina. Geralmente,
os pais nomeiam corretamente diferentes partes do corpo, mas nessa
área, por um constrangimento dos próprios pais, nomes diversos são
dados. No caso das meninas, nomes como: barata, aranha, perereca e
vassoura aparecem como nomes “alternativos” e para os meninos,: pistola,
passarinho, documentos, etc… idem.
No caso das meninas, são nomes que sugerem nôjo, mêdo e que assustam.
São noções passadas e fixadas nesta mente, na fase do concreto e que
leva, mais tarde, a encontrarmos adolescentes e jovens com uma imagem
distorcida do funcionamento da genitália. Geralmente, apresentam um
desconhecimento dessa parte do corpo. Levam uma sensação de “não se pode
chegar perto”, é “nojento” ou “não sei direito como funciona”.
Se percebe, nesta faixa de idade, o menino segurando seu pênis,
frequentemente, com mêdo de que ele de fato possa “sair voando”. A
tentativa de disciplinar o filho com esta atitude, ou “mania”, é
frequente. Mas os pais ignoram que este comportamento é causado por eles
mesmos. Ou, eles se assustam quando vêm o pai preocupado com seus
“documentos” que sumiram.
Como é uma fase onde a criança já começa a perceber o OUTRO, ela já
diferencia a expressão de raiva ou de contentamento nos pais. Por isso,
não se deve permitir que a criança permaneça no quarto dos pais e
presencie a relação sexual, principalmente porque é vista como uma
agressão, e não como um ato amoroso. Geralmente, é percebido como uma
atitude de agressão do pai, em relação, à mãe.
Como não há pensamento lógico nessa fase, é comum no supermercado a
criança segurar um pacote de balas, por exemplo, e não querer largá-lo
na saída, no caixa. A mão se desespera, neste momento, interpretando tal
atitude como rebeldia. Mas para a criança não existe a conclusão de
que, poderá receber depois o pacote de balas. É necessário explicar, e
levá-la a observar o processo do caixa, para que ela entenda. Pois ela
percebe somente o que vê.
Para entender como o OUTRO se comporta, a criança faz a brincadeira
de vestir a roupa da mãe, usar seus sapatos, pois assim vestida como a
mãe, ela É a mãe. Então, poderá entender como ela, sua mãe, se comporta.
As brincadeiras de pai, mãe, médico, etc… acontecem de maneiras
repetidas. Quanto mais ela repetir e fizer esse exercício, mais ela
aprenderá o comportamento do OUTRO. (
Veja este vídeo ilustrativo…)
É a fase também do Comportamento Aprendido. Se ela machucou a mão e
recebeu um carinho, uma atenção maior, ela irá repetir tal fato. Dirá
que está com a mão machucada, para novamente receber o mesma atenção.
Muitos pais repreendem os filhos, neste momento, imaginando se tratar de
uma mentira. Não há nesta fase a consciência do saber enganar o outro.
Da mesma maneira que, quando você a proíbe de comer algo e se ausenta.
Ela come e como não conclui, não entende como a sua mãe sabe que foi ela
que o fez. Também não se trata de ” mentiras”. Quando fala sobre
monstros, ou conta estórias fantasiosas em excesso. É uma fase de grande
imaginação criativa.
Como os meninos têm mais atividade cerebral do lado direito, preferem
os carrinhos, pois lidam melhor com espaço e movimento. Já as meninas,
têm os dois lados em atividade e lidam melhor com emoções e linguagem.
Enquanto as meninas falam mais, mesmo sozinhas, os meninos já começam a
preferir jogos com maior contato físico.
Nessa idade, NÃO existe socialização. Ela começa a ser formada a partir de 2 anos e se estabelecendo, por volta dos 3
anos. Exatamente, por isso, que o ideal é que a criança inicie a
escola somente por volta dos 3 anos (sem prejuízo algum de aprendizado)
e assim mesmo por meio período. Nesse período, é importante que a
criança fique com a mãe para que tenha um desenvolvimento emocional
saudável e equilibrado. Caso a criança inicie a escola é importantíssimo
que a mãe faça o
processo de adaptação por completo (<=link).
Como sugestão de brincadeiras que crianças nesta faixa etária gostam, aí vai um link para um
material preparado pela UNICEF (<=link)
São diferenças e características fundamentais que ajudam aos pais a terem maior exatidão na conduta com os próprios filhos.
Tendo recebido muito pedidos de sugestões de livros sobre esta faixa
de idade, recomendo as publicações da Clínica Tavistock. Em português,
publicados pela
Editora Imago :
- Compreendendo seu filho de 2 anos – Susan Reid
- Compreendendo seu filho de 3 anos – Judith Trowell
- Compreendendo seu filho de 4 anos – Lisa Miller
Um website bastante interessante é o da
Supernanny, em inglês.
Este texto foi retirado do site:
http://artigosdepsicologia.wordpress.com/2009/03/12/a-mente-entre-2-e-4-anos/